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Coleção Combates - nº 1
Nos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, A vitória: como a União Soviética salvou a civilização do capitalismo totalitário, do historiador Paulo Fagundes Visentini, resgata o papel decisivo da URSS na derrota do nazismo, o capitalismo em sua forma totalitária, como define o autor. Em contraponto à narrativa que minimiza o protagonismo soviético — e que hoje ganha novo fôlego graças ao acirramento da disputa geopolítica —, A vitória oferece uma reinterpretação crítica do conflito, combinando rigor histórico e urgência política.
Visentini propõe uma nova periodização da guerra, focando no embate interimperialista, na crise econômica dos anos 1930, base para a ascensão do fascismo, e na oposição do bloco capitalista à União Soviética. Além disso, traça um paralelo entre a industrialização acelerada da URSS, que se transformou em potência em duas décadas, e a estagnação do capitalismo, mergulhado no colapso após 1929 e dividido entre conter a Alemanha nazista e seu inimigo principal, o socialismo.
O autor revela que a política de apaziguamento das democracias liberais foi essencial para a expansão nazista e conduziu a eventos largamente mal interpretados, como o Pacto Molotov-Ribbentrop, assim como dá sentido a desenvolvimentos posteriores como o contraste entre a desnazificação radical ocorrida na zona soviética e a integração dos nazistas que marcou a zona ocidental.
Nesse cenário, a resistência soviética surge como o fator que impediu o triunfo do fascismo e a derrocada dos chamados valores ocidentais. Uma vitória alcançada com custo humano terrível, que alterou o equilíbrio mundial, forçou o reconhecimento da Revolução de 1917, pavimentou o caminho para a Guerra Fria e, em igual medida, tendo em vista a devastação imposta à URSS, moldou a reconstrução deformada do país socialista.
O espectro dos anos 1930 paira sobre século XXI. A atual demonização da Rússia, a radicalização política e as divisões ideológicas reacendem o risco de um conflito global, uma repetição de erros que levaram o mundo ao abismo. Este pequeno livro, primeiro número da coleção Combates, é uma contribuição não apenas para a memória histórica, mas também para o entendimento das raízes de questões que estão na ordem do dia.
A vitória
Autor: Paulo Fagundes Visentini
ISBN: 9786584972124
Edição: 1ª
Ano de publicação: 2025
Páginas: 64
Dimensões: 13,5cm x 21cm
Peso: 0,170g
Encadernação: brochura com grampos
Preparação: Cássio Yamamura
Revisão: Da Vinci Livros
Capa, projeto gráfico e diagramação: Maikon Nery
Paulo Fagundes Visentini é historiador e Professor Titular de Relações Internacionais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), além de lecionar política internacional, conflitos e estudos de Defesa na pós-graduação. Doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP), Pós-Doutorado em Relações Internacionais pela London School of Economics (Inglaterra) e pela PUC-Rio, ocupou cátedras na Universidade de Oxford (Inglaterra) e na Universidade de Leiden (Holanda) e foi Professor Visitante nas universidades de São Paulo, Veneza e Cabo Verde. Coordenador do Núcleo Brasileiro de Estratégia e Relações Internacionais NERINT/UFRGS e Pesquisador com Bolsa de Produtividade do CNPq, foi Diretor do Instituto Latino-Americano de Estudos Avançados – UFRGS. É autor de O Eixo e a URSS na Guerra Mundial (Leitura XXI), As grandes potências e os conflitos mundiais (Alta Books), História das revoluções e regimes marxistas (Lavrapalavra), Os paradoxos da Revolução Russa (Alta Books), Por que o socialismo ruiu? (Edições 70), O regime militar e a projeção mundial do Brasil (Edições 70), A revolução vietnamita (Unesp) e Século XXI: impasses e conflitos (Leitura XXI), entre outros.